REFLEXÃO SOBRE A VISITA AO MOSTEIRO DE SANTO ANTÔNIO NO ARIZONA (EUA)

THEODORE El-Ghandour, Bispo
Vigário Patriarcal Antioquino para o Rio de Janeiro



Tive a grande bênção de visitar recentemente o Mosteiro de Santo Antônio, no deserto do Arizona, acompanhado do   Subdiácono Gregório. Fomos recebidos com muito amor e humildade pelo Abade, o Arquimandrita Paísios, e pela comunidade monástica, cuja vida de oração e serviço é um testemunho vivo da presença de Cristo.

Durante minha visita, pude conversar com o Arquimandrita Paisios, que, com sua serenidade e sabedoria, compartilhou conselhos preciosos sobre a vida espiritual e pastoral. Suas palavras foram um convite ao aprofundamento da oração, à confiança na vontade de Deus e à vivência de um ministério enraizado no amor e na simplicidade evangélica. A convivência com os monges e o contato com seus diários espirituais nos ensinaram que cada detalhe do dia pode se tornar um ato de louvor, e que a vida monástica é um farol que ilumina toda a Igreja.

Na frente do túmulo do Ancião Efraim, senti com intensidade a força de sua intercessão e de seu legado espiritual. Ele, que trouxe a chama do Monte Athos para A América, continua a ser para todos nós um guia silencioso e firme no caminho do arrependimento, da humildade e da oração incessante.

As igrejas do mosteiro, cada uma com sua beleza espiritual e simplicidade sagrada, foram para mim sinais da presença constante de Deus, recordando que a Igreja é, de fato, a Porta do Céu.

Esta visita também nos inspira a olhar com esperança para o futuro do nosso Vicariato, em especial para o estabelecimento do nosso Mosteiro Patriarcal da Anunciação a Nossa Senhora em Itaipava. A experiência do deserto no Arizona nos recorda que, quando há fé, oração e dedicação, nada é impossível para Deus. Assim como floresceu um mosteiro no deserto, também em nossa terra pode florescer um espaço de oração, silêncio e espiritualidade, que será fonte de bênçãos para todo o Brasil.

Não poderia deixar de expressar minha gratidão ao Padre Chris, ao Padre Peter, ao Diácono Gregório e ao Sr. Christian, que nos levaram ao mosteiro e nos acompanharam com tanto zelo e carinho.

Retorno com meu coração fortalecido e cheio de esperança, certo de que o Senhor continua a guiar nossos passos e que, unidos em oração, veremos a realização dos sonhos que Ele mesmo inspira em nossos corações.

10.09.2025

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