COMO É BOM ESTAR ENTRE OS BONS

Ancião TADEU de Vitovnitsa

tradução de monja Rebeca (Pereira)

Deus não pode ser separado de nós porque Ele é vida. Ele é todo amor. Se tivéssemos tanto amor por Ele, nos aproximaríamos d´Ele como de um amigo sincero... Portanto, sejamos benditos e adoremos o Senhor de coração, oremos para que Ele nos ensine a ser bons como os anjos e os santos. Como é bom estar entre os bons, entre aqueles que vivem uma vida santa!

Nosso Deus, Jesus Cristo, é Deus perfeito e homem perfeito. Como Deus perfeito, Ele envolve tudo com amor, um amor sem limites. Como homem perfeito, Ele também é querido por toda alma que se aproxima d´Ele. De certa forma, parece-nos que esse amor de Deus está longe de nós, que Deus está muito longe de nós. Na verdade, estamos nos afastando. E Ele não pode Se separar de nós porque Ele é vida. Ele é todo amor. Ele é todo amor. Se tivéssemos tanto amor por Ele, nos aproximaríamos d´Ele como de um amigo sincero... Mas não nos aproximamos d´Ele dessa maneira, antes de  forma um tanto isolada, um tanto formal; e quando oramos e quando fazemos algo de bom, tudo parece formal demais. E Ele nos pede que sejamos naturais. Ele nos mostrou como ao viver dentre nós: com simplicidade, humildade e mansidão. Assim como o Senhor nos criou, devemos nos aproximar d´Ele. Como crianças, inocentemente, devemos nos aproximar d´Ele.

A Ele, o Senhor, as boas ações que praticamos são agradáveis. A caridade e tudo o que fazemos em prol da nossa salvação, em benefício do próximo e da Santa Igreja, tudo é bom e agradável ao Senhor. Mas o amor mais querido e amado do Senhor é inocente, simples, infantil, que se apega ao Seu coração. É isso que o Senhor mais deseja de nós, que Ele nos pede. E toda alma pode fazer isso. Tanto ricos como pobres, velhos e jovens.

De alguma forma, continuo voltando a esse tópico, sempre repito, aprendamos a nos aproximar de nossos Pais, como nos aproximar d´Ele com nosso coração, com todo nosso ser; a fim de ser amados por Ele como os anjos e os santos. Pelo contrário, somos muito sujos, impuros. Ele não olha para a nossa sujeira e impureza. Quando nos aproximamos d´Ele de coração, Ele nos aceita imediatamente. Quando pecamos contra nossos Pais e nos aproximamos d´Ele de coração, Ele nos perdoa tudo, como se nada tivesse acontecido.

Ele, nosso Senhor, é ilimitado em amor, inexprimível. Devemos nos aproximar d´Ele sinceramente e estar constantemente com Ele, porque Ele está constantemente conosco. Ele move nossa vida e quer que O entendamos e compreendamos. Toda a Sua vida na terra foi natural, de tal forma que o homem pôde compreendê-la; Ele disse que é amor, explicou-nos que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito para a salvação da humanidade. Ele nos revelou o segredo, nos revelou muito. Ele nos exaltou acima de todas as criaturas; a natureza humana, elevada acima de todas as criaturas, entrou no mistério da Santíssima Trindade Vivificante.

Então, o que mais poderíamos desejar, como humanos, do que ser um com nosso Deus, com nossos Pais? É por isso que devemos aprender, neste curto período de vida, como nos aproximar d´Ele. Pelo fato de não temos forças próprias, devemos nos aproximar d´Ele como filhos inocentes, simples de coração, e pedir-Lhe que nos ensine a sermos bons, a amá-Lo fortemente como O amam a Mãe Santíssima, os anjos e os santos.

O Senhor não nos deixará tão órfãos se nos aproximarmos d´Ele constantemente, de coração. Ele espera que nosso coração, nossa alma, se inflame com um desejo e uma saudade ainda mais fortes por Ele. Para que nunca nos afastemos d´Ele, do Seu amor.

Muitas vezes, muitos problemas e dificuldades nos sobrevêm aqui na terra, e tudo porque ainda não nos acalmamos, não dnos humilhamos. Quando a alma se acalma e se submete à vontade de Deus, então o sofrimento cessa. De certa forma, o sofrimento é caro ao coração e à alma. Uma compreensão completamente diferente da vida surge em nós; não raciocinamos mais de acordo com este mundo, como o mundo o faz. Nós entendemos de forma diferente. Tudo o que contemplamos, tudo é algo radiante, tudo é cativante. Tudo é bom para nós porque tudo é amado por Deus. Somos Suas criaturas e tudo o que foi criado é Lhe pertence. E Ele o criou para Si mesmo, isto é, para Si mesmo, para que pudéssemos ser participantes de Seu amor divino, de Sua paz e alegria divinas.

Então, como você pode ver, precisamos nos curar para não levar a inveja a sério; a inveja destrói a paz interior e a tranquilidade da alma. Por exemplo, estamos calmos, quietos, e um amigo vem até nós e nos conta sobre alguém que nos ofendeu muito, que ele tem muito sucesso na vida, que conquistou algo; e como não o perdoamos, o espírito da inveja imediatamente surge em nós. É assim que não prestamos atenção. Devemos estar constantemente em oração e não aceitar a sugestão dos espíritos da inveja.

Os Santos Padres dizem: se a sugestão dos espíritos da malícia for rejeitada, a vitória será alcançada sem luta. Eles disseram isso por experiência própria. Se a sugestão for rejeitada, a vitória será alcançada sem luta.

Os espíritos sob o céu influenciam constantemente as armadilhas mentais. O Venerável Antônio ao ver todos os espíritos malignos sob o céu armando redes e armadilhas, suspira e exclama: Meu Deus, quem pode ser salvo disto? E ouviu uma voz: Só os humildes e mansos passam. Além disso, não os toca.

Veja, quando a alma se humilha, quando se submete à vontade de Deus, os espíritos malignos não têm mais poder sobre ela. Pois ela está escondida sob os auspícios da graça do Espírito Santo, pelo fogo divino.

Por isso, adoraremos o Senhor de todo o coração, a fim de que possamos orar para que Ele nos ensine a sermos bons, como o são os anjos e santos. Como é bom estar entre os bons, entre aqueles que vivem uma vida santa!

Aqui na terra, as pessoas devem tentar não aceitar as sugestões de espíritos malignos. Os Santos Padres dizem que devemos ser cautelosos, estar em guarda, saber que todo pensamento que perturba nossa paz interior é enviado do inferno. E não devemos aceitar essa sugestão, devemos rejeitá-la imediatamente! Se concordarmos e começarmos a conversar com ela, ela nos enredará nas redes do inferno. Desse único pensamento infernal, surgem muitos, e só mais tarde a pessoa percebe para onde foi e o que fez. Um mal se soma ao outro, e então, quando volta a si, exclama: Para que eu precisava de tudo isso? Eu estava calmo, quieto, e de repente tudo deu errado. E deu errado porque não estava em estado de vigilância.